Estou sentada no carro. Da janela, vejo vários carros que passam sem cessar, de um lado para o outro. Tento imaginar a vida dessas pessoas que estão dentro de seus automóveis. Alguns conversam alegremente, gesticulam e dão risada. Outros permanecem quietos, vidrados. Meu pai acaba de me chamar. Olho rapidamente pela janela e vejo: um caminhão tombado. Várias pessoas em volta, me incentivando a divagar. O que a pessoa dentro desse caminhão estava fazendo? Não quero me acostumar. Gosto de imaginar. E esse casal de idosos? A senhora olha para nosso carro que parte, velozmente. Meu pai alimenta esse costume. Imagino a desaprovação da idosa. Vejo uma menina que viaja sozinha, concentrada, pensativa, compenetrada. Será que ela se sente como um estudante no final de domingo? Meu pai me olha pelo espelho, finge que não o faz, mas eu vejo que faz. Imagino o que está pensando... Ou não imagino também, homens são bem imprevisíveis... Vários carros seguem seu rumo ao norte, nós dobramos à direta.
terça-feira, 19 de junho de 2018
Desacomodar
Estou sentada no carro. Da janela, vejo vários carros que passam sem cessar, de um lado para o outro. Tento imaginar a vida dessas pessoas que estão dentro de seus automóveis. Alguns conversam alegremente, gesticulam e dão risada. Outros permanecem quietos, vidrados. Meu pai acaba de me chamar. Olho rapidamente pela janela e vejo: um caminhão tombado. Várias pessoas em volta, me incentivando a divagar. O que a pessoa dentro desse caminhão estava fazendo? Não quero me acostumar. Gosto de imaginar. E esse casal de idosos? A senhora olha para nosso carro que parte, velozmente. Meu pai alimenta esse costume. Imagino a desaprovação da idosa. Vejo uma menina que viaja sozinha, concentrada, pensativa, compenetrada. Será que ela se sente como um estudante no final de domingo? Meu pai me olha pelo espelho, finge que não o faz, mas eu vejo que faz. Imagino o que está pensando... Ou não imagino também, homens são bem imprevisíveis... Vários carros seguem seu rumo ao norte, nós dobramos à direta.
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