sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Enxame de Vespas

Já parou para pensar quanta coisa doida acontece na vida de cada um? Dizem que relembrar é viver...  Essa frase tem mexido muito comigo ultimamente. Como é bom rever momentos que marcaram a nossa trajetória.  Aquela nostalgia pura,  Como se tudo estivesse acontecendo novamente. A infância então... " ó que saudades eu tenho,  da aurora da minha vida ,  da minha infância querida,  que os anos não trazem mais.. " Não importa se você tiver 5 ou 50 anos,  Sempre terão momentos singulares aos quais sentirá saudade e desejará recordar. Percebo que,  anos mudam muito  uma pessoa. Vejo por mim,  uma constante evolução. "Tempo,  Vou te fazer um pedido... tempo ,  tempo,  tempo!" Em questão de um ano você pode conhecer uma pessoa,  se encantar por ela,   apaixonar-se,  sem nem ao menos vê -la constantemente. Você pode fazer uma viagem,  crescer no trabalho,  ou concluir um teste de curso que nunca imaginou ser capaz de conseguir. Superar limites, realizar desejos,  conhecer gente. Viver e depois lembrar!  Por que lembrar com saudade só comprova com mais intensidade,  que tudo valeu a pena. Dá mais vontade de VIVER! E não ter a vergonha de ser feliz! Como o pensamento,  aquele mesmo pensamento que nos lembra,  nos faz viajar.  Viajar para tantos outros pensamentos.. Até a construção de um texto. Estou possibilitando chamar-me de escritora da insônia . Da mesma maneira que existem os escritores da liberdade. Afinal,  férias nos deixam mal acostumados,  nos permitem escrever a noite e acordar tarde no outro dia..  (risos)  E essas constantes  insônias serviram como um empurrão de ideias e produções para o blog. Iniciaria meu relato de hoje,  falando sobre um enxame de vespas que invadiu a beira da praia de Areias Branca-RS,  na tarde de segunda-feira,  primeiro de fevereiro. Porém,  relacionei  esse ocorrido com a conversa informal que tive  com a minha prima.  Estávamos recontando nossa infância e rindo de tudo que já fizemos. Com isso,  em questão de minutos,  insights invadiram minha mente e ainda estou tentando entender como é possível relacionar algo tão distinto,  com minhas protagonistas vespas!  Hehehe Se eu contar, vocês não acreditarão.   Para falar a verdade eu  nem estava lá,  me contaram também. Disseram-me que um enxame de vespas invadiu a beira da praia e obrigou todos os veranistas a entrarem ao mar a fim de protegerem-se de picadas indesejadas.  O curioso foram os movimentos de gente debatendo-se apavorados. Aí me pergunto : Quem diria que isso pudesse acontecer?  Eu nunca imaginei... O mundo nos coloca em situações que nem sempre estamos preparados,  portanto,  devemos pensar: O que vale mais a pena?  O ego ou a intuição?  O errar por fazer,  ou o errar por não ter feito? Seguir em frente,  ou voltar e tentar reorganizar as coisas? Prevenir ou remediar?  Falar ou calar?  Agir ou observar?  Jogar as pedras ou ajuntá-las?  Enfrentar ou segurar as pontas?  Enquanto esse turbilhão de questionamentos invadem nossas cabeças,  o enxame de vespas está aí. Basta decidirmos o que devemos fazer.

Vazio

Sabe aquele vazio?  Aquele vazio existencial de quem já passou ou passa pela adolescência? Pois é. Como se o futuro terminasse a um passo e a vida tivesse um fim momentâneo. Não saber o q fazer,  desejar tanto um futuro,  indignar-se por não ter uma carreira profissional aos 17 anos e querer ser super bem resolvido em todos os aspectos da vida sem ao menos ter idade superior. Não faço ideia se todos são ou foram assim. Inquietudes pertinentes que,  ao meu ver,  são estimuladas por um padrão de sociedade. Outro ponto. Como nós,  meros mortais,  sofremos!  Claro,  sofrimentos diferentes dos que sofriam os homens das cavernas ou algo do tipo,  dor carnal. Resistimos a pressões intelectuais. Pressões diárias,  ondas de pensamentos impostos,  perguntas inoportunas,  colisões de opiniões  em massa!  Vivemos  uma crise de idealizações levemente colocadas sobre a população,  a fim de que,  como marionetes,  possamos evoluir e ajudar o país a tornar-se rico e bem visto no exterior. Perdão pelas palavras,  mas é assim que penso e me sinto,  sendo uma jovem em constante processo de amadurecimento. Por vezes,  me vejo somente como um número,  ou mais uma candidata entre tantas outras, a querer passar em um concurso q será bom para mim em um futuro próximo e promissor.  Pressuponho que,  ao lerem meus textos,  as pessoas entendam que eu seja uma adolescente frustrada e obrigada a fazer o que meus pais decidiram que seria bom para mim.  Não. A cobrança é inteiramente consequência de um padrão da sociedade e  desejo interior muito grande. Um sonho distante.  Simpatizo muito com um pensamento da escritora Eliane Brum. Ela indaga que escrevemos para nós mesmos. Que escrever,  falar,  comunicar-se são ações que também servem para diminuir aquelas inquietudes naturais humanas. Digamos que estou alimentando meu vazio, minha atual inquietude com muitas palavras. Meus desejos,  meus anseios,  minhas confusões,  todas escritas.  Achei uma solução!   Da mesma maneira que fazem os  jovens de 17 e 70 anos para preencher seus determinados vazios,  aqueles pertinentes durante a noite. Eles acham sua solução:  Abrem a geladeira e satisfazem-se.  Todos,  literalmente,  alimentados.