sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Vazio

Sabe aquele vazio?  Aquele vazio existencial de quem já passou ou passa pela adolescência? Pois é. Como se o futuro terminasse a um passo e a vida tivesse um fim momentâneo. Não saber o q fazer,  desejar tanto um futuro,  indignar-se por não ter uma carreira profissional aos 17 anos e querer ser super bem resolvido em todos os aspectos da vida sem ao menos ter idade superior. Não faço ideia se todos são ou foram assim. Inquietudes pertinentes que,  ao meu ver,  são estimuladas por um padrão de sociedade. Outro ponto. Como nós,  meros mortais,  sofremos!  Claro,  sofrimentos diferentes dos que sofriam os homens das cavernas ou algo do tipo,  dor carnal. Resistimos a pressões intelectuais. Pressões diárias,  ondas de pensamentos impostos,  perguntas inoportunas,  colisões de opiniões  em massa!  Vivemos  uma crise de idealizações levemente colocadas sobre a população,  a fim de que,  como marionetes,  possamos evoluir e ajudar o país a tornar-se rico e bem visto no exterior. Perdão pelas palavras,  mas é assim que penso e me sinto,  sendo uma jovem em constante processo de amadurecimento. Por vezes,  me vejo somente como um número,  ou mais uma candidata entre tantas outras, a querer passar em um concurso q será bom para mim em um futuro próximo e promissor.  Pressuponho que,  ao lerem meus textos,  as pessoas entendam que eu seja uma adolescente frustrada e obrigada a fazer o que meus pais decidiram que seria bom para mim.  Não. A cobrança é inteiramente consequência de um padrão da sociedade e  desejo interior muito grande. Um sonho distante.  Simpatizo muito com um pensamento da escritora Eliane Brum. Ela indaga que escrevemos para nós mesmos. Que escrever,  falar,  comunicar-se são ações que também servem para diminuir aquelas inquietudes naturais humanas. Digamos que estou alimentando meu vazio, minha atual inquietude com muitas palavras. Meus desejos,  meus anseios,  minhas confusões,  todas escritas.  Achei uma solução!   Da mesma maneira que fazem os  jovens de 17 e 70 anos para preencher seus determinados vazios,  aqueles pertinentes durante a noite. Eles acham sua solução:  Abrem a geladeira e satisfazem-se.  Todos,  literalmente,  alimentados.

Um comentário:

  1. Vazia estaria minha mente as quase 5h da manhã! É muita intelectualidade filosofar a essa hora hahaha
    Isso me parece a "crise dos 17", assim como a crise das muitas idades que temos na vida, sempre nos acometem quando resolvemos pensar na vida em um momento de ociosidade, perfeitamente normal! ehehehhe
    E acho que a geladeira como solução é uma opção gostosa, mas as vezes perigosa! hhahahah

    ResponderExcluir